Após a polêmica do confisco do saldo de créditos dos cartões de transporte público do Distrito Federal, os brasilienses contarão com um prazo maior para usar os valores antes que eles sejam redirecionados pelo poder público, conforme publicação desta terça-feira (18) do DODF. A reivindicação era um dos pleitos do deputado Ricardo Vale (PT), que apresentou, em fevereiro, um projeto de lei para que os usuários tivessem o direito de revalidar os créditos por mais cinco anos após um ano da aquisição dos valores.

Pouco tempo depois da apresentação do PL, a então governadora em exercício, Celina Leão (PP), anunciou que haveria o redirecionamento para as contas públicas do que não fosse usado em um ano. Após sucessivos adiamentos da medida, agora, o Executivo local determinou a mudança dos prazos. Os créditos do cartão mobilidade, comprados a partir de abril de 2022, terão validade de cinco anos, enquanto os transferidos ao cartão vale-transporte, no mesmo período, terão prazo de dois anos. Já os créditos não transferidos para os cartões também terão a mesma validade. Sendo que os obtidos até março de 2019 deverão ser expirados imediatamente, e aqueles entre abril de 2019 e março de 2022 deverão ser expirados a partir de abril de 2024.

No Twitter, o distrital Ricardo Vale se posicionou sobre a novidade. “A medida é um avanço, mas não é suficiente”, disse. O parlamentar também fez referência ao projeto Tarifa Zero Estudantil, que pretende ampliar o acesso aos transportes públicos para os jovens do DF, garantindo mobilidade irrestrita em todos os dias da semana, como forma de estimular a prática de atividades culturais e esportivas na cidade ao poupar os estudantes do valor do custo de deslocamento. “Precisamos aprovar o projeto Tarifa Zero Estudantil que vai garantir o direito à cidade para os jovens e aliviar o bolso das famílias. Nosso mandato está engajado na luta por melhorias no transporte público”, enfatizou.

Comunicação Ricardo Vale (PT)