VEJA

Notícias

Ricardo Vale

Aprovado o projeto de lei manda cobrar até R$ 500 mil de quem agride mulheres

Proposta do Deputado Distrital Ricardo Vale (PT) prevê que os criminosos arquem com os custos dos atendimentos às mulheres vítimas de violência

Noticias

O cálculo vai considerar a gravidade da agressão e a capacidade econômica do envolvido

A Câmara Legislativa do DF avança na repressão ao machismo. O projeto de lei do Deputado Distrital Ricardo Vale, que manda cobrar dos criminosos os custos mobilizados pelo poder público para atender as ocorrências de violência contra a mulher, foi aprovado em segundo turno nesta quarta-feira (14), em sessão ordinária. Agora, a proposta segue para sanção e a expectativa é de que a responsabilização financeira ajude a coibir os crimes dessa natureza.

 

De acordo com a proposta, os agressores poderão pagar multas entre R$ 500 e R$ 500 mil para cobrir os gastos que vão desde o deslocamento das equipes de segurança até a oferta de serviços de assistência social e consultoria jurídica, muitas vezes necessários para que a mulher consiga romper o ciclo de abusos. O cálculo vai considerar a gravidade da agressão e a capacidade econômica do envolvido. Além disso, o texto prevê o aumento da punição em ⅔ quando houver o uso de arma de fogo e o dobro da multa para reincidentes.

 

Em 2022, o Distrito Federal registrou 18 casos de feminicídio, 16.949 registros de violência doméstica e 763 crimes de natureza sexual. Nos três primeiros meses deste ano, foram 7 feminicídios contabilizados, sendo que outros estão em apuração. O número acende o alerta para a ameaça de aumento dos crimes contra a mulher na capital brasileira e desafia as autoridades que precisam diversificar a oferta de respostas para a proteção das mulheres.

“Além do custo social e familiar para as vítimas, há os gastos para a sociedade em geral. Cabe ao agressor e não à sociedade pagar pela sua violência contra as mulheres. A lei vai somar esforços na rede de proteção feminina, que sofre com as consequências do machismo”, destaca Ricardo Vale.

 

Comunicação Ricardo Vale (PT)